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SOBRE AS OBRAS
2024 | NÓS

Artista: Adriana Martinez Montanheiro

Obra: Varais / Varal enquadrado, Varal encharcado, Varal esquecido e Varal estático

Local: Florianópolis/SC - Brasil

Campo: Artes Visuais e Moda

Sobre a obra: As obras integram a coleção “Varais”, de 1996, que apresenta diversas possibilidades de leitura. Uma delas é a relação entre a ação cotidiana de pendurar e recolher a roupa e a jornada existencial feminina. As ações têm desdobramentos nas relações estabelecidas, enquanto mulher, nos diversos papéis que desempenha na sociedade. Desse modo, o “eu” se torna um “nós” pelo diálogo entre os fragmentos das roupas – estejam ou não no varal –, análogo à condição existencial de estar permanentemente a reordenar a própria vida.

Texto curatorial por: Oscar D’Ambrosio

Info: Varal enquadrado, 1996, 180 x 170 cm, pintura em técnica mista / Varal encharcado, 1996, 180 x 170 cm, pintura em técnica mista / Varal esquecido, 1996, 180 x 140 cm, pintura em técnica mista / Varal estático, 1996, 170 x 140 cm, pintura em técnica mista

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Artista: Akingbade Adeniyi

Obra: Reasoning

Local: Lagos - Nigéria

Campo:  Artes Visuais, Escultura

Sobre a obra: A metáfora da árvore é essencial no sentido de conceber que, assim como ela é forte econsegue passar por diversas transições, as pessoas neurodiversas também podem desenvolver uma força interior que lhes permita superar as diferenças que costumam ser cristalizadas em diversos preconceitos, principalmente na educação formal e no universo profissional, que seguem padrões rígidos e tradicionais. O essencial é perceber que as pessoas, assim como os trabalhos artísticos são todas diferentes e devem ser respeitadas por isso.

Texto curatorial por: Oscar D’Ambrosio

Info: papelão, palitos de espeto, ráfia e madeira dura e grossa, 75 x 60 x 48 cm

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Artista:  Ameer Baraka

Obra: Undiagnosed: The Ugly Side of Dyslexia

Local: New Orleans - Estados Unidos

Campo: Atuação e Leitura

Sobre a obra: Nascido em New Orleans, Louisiana, EUA, o ator Ameer Baraka, indicado ao Emmy, retrata no livro seu amadurecimento artístico, pessoal e intelectual nas ruas de sua cidade na década de 1980. Com um histórico que inclui uma condenação por homicídio culposo, ação em que não tinha intenção de matar, aos 14 anos; ele narra a violência das ruas associada a dificuldades de aprendizagem relacionadas com dislexia. Recebeu o diagnóstico na prisão, onde se alfabetizou e tomou consciência das suas diferenças e das oportunidades de demonstrar as possibilidades da educação dentro e fora do sistema prisional. A autodescoberta de diversas questões existenciais o levou assim a se tornar referência para pessoas com trajetórias de vida parecidas.

Texto curatorial por: Oscar D’Ambrosio

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Artista: Angélica Castro Neuhaus

Obra: Harmony

Local: Campinas/SP - Brasil

Campo: Dança

Sobre a obra: O conceito de desatar e desafiar nós cognitivos e existenciais se faz presente na coreografia realizada para a peça conhecida como “Valsa Póstuma”, escrita por Chopin em 1849, seu último ano de vida, e publicada postumamente. O título “Harmony”, nesse contexto, é justamente um convite a um dançar regido pelo entrosamento de cada bailarino consigo mesmo, com o outro e com o entorno, no caso os Jardins do Castelo Schönhausen, na Alemanha. A interação entre o par; ela, neuro-atípica; e ele, neurotípico; constitui uma representação da integração que forma um “Nós” harmônico que se materializa pela dança.

Texto curatorial por: Oscar D’Ambrosio

Ficha técnica: Música: Waltz No. 19 in A minor, B. 150 (published posthumously) / Compositor: Frédéric Chopin / Pianista: Grzegorz Niemczuk / Artista Protagonista: Angélica Castro Neuhaus / Partner da Valsa: Manfred Neuhaus - @manfred_siegburg / Coreografia e Ensaios: Camila Caliani - @calianicamila / Escola de Dança: Espaço de Dança Giocare, Vinhedo - @espacodedancagiocare / Filmagem e Fotos: Patrick Castro Neuhaus - @patrickcneuhaus / Edição de Vídeo: Carlos Garcia - @carlosamgarcia / Cenário: Schloss Schönhausen, Berlin/Alemanha - @schlossschoenhausen / Figurino: Ozana Marinho - @ozana.marinho.16

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Artista: Anita Howard

Obra: I'm not my dyslexia

Local: Sydney - Austrália

Campo: Artes Visuais

Sobre a obra: A natureza, mais especificamente as folhas, em diversas formas de representação, são uma referência muito importante da poética da artista. Em termos simbólicos, o jardim, seja interno ou externo, torna-se um local seguro, mas repleto de transformações para a mente. A arte é o mecanismo pelo qual todo ato criativo ganha consistência, pois se trata de um diálogo entre aquilo que o mundo pode ser, o que é e como a arte pode permanentemente apontar caminhos de transformação, seja pelo uso de materiais ou pela construção de imagens, em uma pesquisa permanente, sem limites, plena de liberdade.

Texto curatorial por: Oscar D’Ambrosio

Ficha técnica: 3 trabalhos, técnica mista, 13,5 x 18 cm

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Artista: Alemão

Obra: Série Bicicletas

Local: Lins/SP - Brasil

Campo: Artes Visuais

Sobre a obra: O artista cria líricos personagens que dirigem mágicas e oníricas bicicletas que remetem ao desejo humano de liberdade. Afinal, todos querem pedalar sem barreiras pelos caminhos do mundo. As imagens trazem essa possibilidade. Os fundos dos trabalhos remetem a paredes urbanas; e as pessoas, com partes do corpo faltando, apontam para a incompletude de cada um. É nessa fragilidade que está a grandeza de uma espécie que oscila entre a genialidade criadora e a infinita capacidade de continuamente se autodestruir.

Texto curatorial por: Oscar D’Ambrosio

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Artista: Bravo Polar

Obra: About Social Camouflage - Web - Between Lines

Local: Leipzig - Alemanha

Campo: Artes Visuais

Sobre a obra: A poética proposta por Bravo Polar se fundamenta nos sentidos simbólicos das redes/teias sob diversos pontos de vista, seja com a metáfora de uma aranha, de uma paisagem ou de um animal. A jornada visual proposta traz uma reflexão sobre um universo de solidões e aglomerações que busca menos a perfeição e muito mais a expressividade de um pensar sobre o mundo em que as pessoas parecem muitas vezes caminhar em direções diferentes, vendo-se como indivíduos e não como parte de uma coletividade que se conecta, instaurando metamorfoses internas em cada um.

Texto curatorial por: Oscar D’Ambrosio

Ficha técnica: fotografias com intervenção

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Artista: Daria Miron

Obra: Ballroom

Local: Bucarest - Romênia

Campo: Artes Visuais

Sobre a obra: A temática da dança apresentada pela artista traz uma densa reflexão sobre os entrelaçamentos entre os caminhos da tradição e a da modernidade no contexto das pessoas com dislexia. No teatro da vida, que constitui uma dança repleta de altos e baixos, além de ritmos diversos, cada pessoa se relaciona de várias maneiras com o mundo ao seu redor, seja ou não neurodiversa. Existem ajustes necessários para todes os participantes do processo de integração. Assim, diferenças são incorporadas sem traumas em um procedimento corriqueiro. A imagem de uma sala de dança funciona, portanto, como um teatro em que palco e plateia interagem e se mesclam.

Texto curatorial por: Oscar D’Ambrosio

Ficha técnica: mista sobre tela

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Artista: Gelson Bini

Obra: Antenas periféricas

Local: Palhoça/SC - Brasil

Campo: Literatura e Performance

Sobre a obra: Gelson Bini atua como promotor da leitura há mais de 10 anos, percorrendo escolas públicas, presídios e eventos culturais. A sua maneira de instaurar narrativas se fundamenta no fato de fazer que o público se sinta um “nós”, ou seja, coeso, mas sem que cada um perca a sua individualidade. Nesse sentido, os “nós” de cada um são respeitados e utilizados como ponto de discussão de alteridades em que as mensagens são criadas, sentidas, repassadas e interpretadas de modo a instaurar uma colcha de retalhos verbais em que as narrativas são integradas em um movimento, ao mesmo tempo, coletivo e diverso.

Texto curatorial por: Oscar D’Ambrosio

Ficha técnica: palestra-espetáculo

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Artista: Gilberlice Menezes

Obra: Nós

Local: Porto Seguro/BA - Brasil

Campo: Artes visuais

Sobre a obra: Mulher preta nascida no interior da Bahia, em Arataca, a artista reside em Porto Seguro. É na praia que fotografa as casas em miniatura que funcionam visual e emocionalmente como locais aconchegantes. A reutilização de materiais, nesse sentido, proporciona uma visão metafórica da reorganização das dificuldades da vida. Aponta ainda para a possibilidade de construção de um todo harmônico em que cada um encontre aconchego, afeto e acolhimento. Nesse aspecto, o espaço construído pela artista é um local que permite a cada um apresentar e representar os próprios caminhos existenciais.

Texto curatorial por: Oscar D’Ambrosio

Ficha técnica: maquete a partir de materiais reciclados

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Artista: Jullien Villeneuve

Obra: Trial

Local: Montreal - Canadá

Campo: Artes Visuais

Sobre a obra: A peça têxtil, pela sua diversidade na construção, não trata apenas de questões relacionadas com a dislexia. Traz, em sua concepção, uma reflexão sobre as diferenças – e como elas não são aceitas pela sociedade. Houve, no processo de construção uma interação com participantes de workshops, o que torna a obra apresentada ainda mais rica e diversa, pois é o resultado de um diálogo amplo que inclui não apenas as artes visuais, mas outras formas artísticas de percepção de mundo em um processo permanente de construção e de destruição de trabalhos e de discursos.

Texto curatorial por: Oscar D’Ambrosio

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Artista: Kim Percy

Obra: Hiding in Plain Sight - New Finding Difference

Local: Hepburn Springs - Australia

Campo: Artes Visuais

Sobre a obra: O trabalho intitulado “Hiding In Plain Sight” integra a série “The Mask vs The Real Thing”, exibida na Ballarat Foto Biennale, Austrália. Assim como o vídeo, traz questões visuais conectadas com a percepção de se sentir em desarmonia com o mundo ao redor. Existe uma identidade e coerência nos trabalhos na direção de desenvolver um pensamento que evidencia como ser disléxico está muito além de dificuldades de ler e escrever dentro dos parâmetros tradicionais. A questão é colocada na perspectiva de perceber o mundo sob uma consciência visual diferente em que o mundo não seja dividido entre “nós" e “eles”, o que permite a prevalência de valores de integração.

Texto curatorial por: Oscar D’Ambrosio

Info: Vídeo e Fotografia

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Artista: Leo Serafim

Obra: Entre nós

Local: Niterói, RJ - Brasil

Campo: Artes Visuais

Sobre a obra: O jogo visual e de sentidos entre dois tipos de “nós” (o pronome pessoal da primeira pessoa do plural; e o entrelaçamento de linhas) torna a imagem um universo a ser desvendado pelo observador atento. As crianças, o gato e o pássaro se conectam, mas a visualidade proposta se fundamenta também em outras formas de instaurar dinâmicas estéticas, como ocorre no movimento sugerido pelas curvas nas paredes, onde há um esperançoso sol. O ambiente é ainda banhado por uma luminosidade que entra pela janela, conectando os personagens harmonicamente com o mundo exterior.

Texto curatorial por: Oscar D’Ambrosio

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Artista: Lesse Pierre

Obra: Fertilidade

Local: Florianópolis/SC - Brasil

Campo: Artes Visuais

Sobre a obra: Há nas imagens índices que apontam para uma integração entre o ser humano e o meio ambiente. Esse raciocínio pode ser levado também para as relações de pessoas neurodiversas com o mundo. Nessa jornada existencial, há a possibilidade de vivenciar situações em que o pronome pessoal plural “nós” prevaleça perante diversos “nós”, como o desconhecimento e o preconceito em relação a diversas diferenças e seus impactos em toda vida, desde a infância e a educação até a vida adulta e os relacionamentos afetivos e profissionais.

Texto curatorial por: Oscar D’Ambrosio

Ficha técnica: técnica mista (analógico e digital) 96 x 63 cm

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Artista: Luciene Kumm

Obra: Nós

Local: Florianópolis/SC - Brasil

Campo: Fotografia

Sobre a obra: O amor maternal, definido como um sentimento da mãe pelos filhos, dá a tônica da fotografia. No campo psicológico, é muito estudado como a qualidade do vínculo entre mãe e bebê exerce influência direta na saúde mental da criança. A imagem proposta estimula o desenvolvimento de relações calorosas, íntimas, carinhosas e contínuas que tragam prazer e conforto para ambos ao longo da vida. A conversa visual entre as mãos da mãe e os pés do bebê reforça essa completude do diálogo carinhoso entre os corpos regido pelo afeto.

Texto curatorial por: Oscar D’Ambrosio

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Artista: Mads Johan Øgaard

Obra: Stuck

Local: Oslo - Noruega

Campo: Artes Visuais

Sobre a obra: A imagem apresenta, de maneira assertiva, uma pessoa disléxica presa pelos diversos olhares que recaem sobre ela, principalmente pela dificuldade de aprendizagem de escrita e de leitura dentro dos padrões tradicionais. A percepção que as pessoas têm delas pode criar amarras das quais pode ser quase impossível de se libertar. Desse modo, os “nós” de prisões psicológicas podem impedir que o “nós” do coletivo se realize. A demora ou a ausência de diagnóstico pode ter muitas vezes esse efeito devastador.

Texto curatorial por: Oscar D’Ambrosio

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Artista: Magenta

Obra: Origins of no return

Local: Seoul - Coréia do Sul

Campo: Artes Visuais e Escultura

Sobre a obra: A escultura se fundamenta em diversos aspectos das relações que os seres humanos têm com o mundo ao seu redor. Questões psicológicas, relacionadas com afeto; cosmológicas, no sentido de uma integração com a natureza e o universo; e sociológicas, pela vivência individual perante a maneira como as comunidades lidam com a neurodiversidade, criam um discurso poético e matérico. Cruzamentos e diagonais ocupam o espaço em distintas direções sob uma perspectiva em que as contradições não são apagadas ou realçadas, mas simplesmente acontecem, mostrando que os desafios do fazer arte dialogam com os diversos enfrentamentos com o mundo que as pessoas com dislexia vivenciam.

Texto curatorial por: Oscar D’Ambrosio

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Artista: Maramgoní

Obra: Realejo

Local: Lagos, Portugal

Campo: Artes Visuais

Sobre a obra: A arte surge de dois movimentos complementares. De um lado, está a relação do artista com o mundo, ou seja, a maneira como ele se relaciona com a sociedade e como a interpreta em suas criações. De outro, a forma como ele interage com si mesmo, buscando explorar as suas potencialidades criativas. Em ambos os aspectos, a obra de Maramgoní encontra soluções próprias. Quando apesenta, em sua técnica cuidadosamente elaborada. com ênfase nos claros e escuros, um tocador de realejo, evoca um passado em que as relações entre as pessoas eram mais diretas, menos mediadas pelos meios de comunicação e mídias sociais.

Texto curatorial por: Oscar D’Ambrosio

Ficha técnica: óleo sobre tela 100 x 150 cm

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Artista: Mi Agaizer

Obra: Divergente

Local: Divinópolis - MG Brasil

Campo: Artes Visuais

Sobre a obra: Elementos como árvore, coração e céu são essências na imagem. Cada um deles evoca aspectos simbólicos e arquetípicos que podem integrar a leitura visual do trabalho. Uma pista essencial está em lembrar como a natureza apresenta ciclos de nascer/viver/morrer plenos de sabedoria e resiliência. Ela conecta passado, presente e futuro, além dos três níveis da existência: a terra (raízes), o cotidiano (o tronco) e o sagrado (galhos que se disseminam para o alto, rumo ao desconhecido). Essas questões, associadas ao feminino, transformam o conjunto em um ato de amor à vida.

Texto curatorial por: Oscar D’Ambrosio

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Artista: Monica Mendes

Obra: Resistência

Local: Miami - Estados Unidos

Campo: Artes Visuais

Sobre a obra: A artista traz um pensamento de vivência com o coletivo. As imagens representadas podem ser lidas como amálgama de casarios de comunidades, máscaras que buscam garantir isolamento e outros elementos do cotidiano. O essencial é verificar como são dispostas, instaurando a mensagem de que o conjunto da sociedade é mais importante do que cada indivíduo separadamente. Dessa forma, cada dia da existência ganha a conotação de um passo para a construção de um mundo potencialmente mais harmonioso.

Texto curatorial por: Oscar D’Ambrosio

Ficha técnica: técnica mista sobre papelão 61 x 170 cm

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Artista: Muris

Obra: Nós escrevemos como?

Local: Fortaleza, CE - Brasil

Campo: Artes Visuais

Sobre a obra: A animação trabalha, com diversos recursos, a palavra “Nós”, utilizada como tema do projeto em 2024. Passa por diversas questões ortográficas, desde o número de letras até a acentuação. Cores e fundos, assim como diversas tipologias, são variáveis que se tornam essenciais para pensar como um vocábulo pode ser gerado, lido e interpretado. Dessa maneira, o trabalho se torna uma aula de diversidade nos seus mais variados aspectos, alguns muitas vezes negligenciados. A palavra se movimenta e a narração fortalece o tom de indagação sobre três letras que tanto indicam um grupo ao qual pertencemos como uma dificuldade a ser vencida.

Texto curatorial por: Oscar D’Ambrosio

Ficha técnica: animação digital

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Artista: Pigsy

Obra: Why tie ourselves in knots

Local: Dublin - Irlanda

Campo: Artes Visuais

Sobre a obra: A imagem traz a força de um sentimento de não apenas estar no mundo, mas de vivenciar tudo aquilo que ele oferece. O trabalho proposto está além de uma concepção tradicional e clássica de beleza, pois consiste em um fazer repleto de impacto, caracterizado por um processo inventivo que não se desloca totalmente do que é considerado real, mas que trabalha com ele em diversas camadas, permanentemente construindo e desconstruindo visões de mundo plenas de lirismo em que prisões reais e imaginárias são apresentadas e destruídas em uma atmosfera plena de enigmas e mistérios a desafiar o observador.

Texto curatorial por: Oscar D’Ambrosio

Ficha técnica: técnica mista (acrílica, tinta spray, bastões acrílicos, giz de cera, fita adesiva, cola, papel e lápis sobre papelão) 190 cm x 190 cm (aproximadamente)

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Artista: Renata de Lélis

Obra: Vérnix

Local: Porto Alegre/ RS - Brasil

Campo: Artes Visuais e Performance

Sobre a obra: O vídeo é feito com a colaboração de diversos artistas que se valem do movimento para expressar as mais diversas emoções. As cenas, gavadas no celular de cada um individualmente e depois editadas, vão desde corpos pendurados a imersos em banheiras, caminhando em um bosque ou dançando perto de uma parede ao ar livre ou em um ambiente fechado. A versatilidade de situações aponta para a diversidade de formas de ver o mundo e de se relacionar com ele, seja em uma perspectiva individual, coletiva ou holística.

Texto curatorial por: Oscar D’Ambrosio

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Artista: Renato Godá

Obra: Sendo quem sou

Local: São Paulo/SP - Brasil

Campo: Música

Sobre a obra: A música traz uma discussão, com delicadeza e contundência, da importância de aceitar o outro como é. O processo constitui uma das facetas mais belas e, ao mesmo tempo, mais complexas do ato de amar. A letra, a música e a voz funcionam como um belo relâmpago a alertar que as pessoas são o que são, com seus avessos, não podendo ser vistas como pontos fixos no espaço, mas como complexidades humanas a serem permanentemente descobertas e desvendadas. A composição propõe, portanto, um diálogo entre a emoção do sentir, a razão do buscar se conhecer e a permanência, acima de tudo, da liberdade do ato criativo como forma de autoconhecimento e de relação com a sociedade com o mundo.

Texto curatorial por: Oscar D’Ambrosio

Ficha técnica: Letra, música e voz

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Artista: Susy RabiscArt

Obra: Enlaçados nas amarradas desatadas em nós

Local: Recife/ PE - Brasil

Campo: Artes Visuais

Sobre a obra: Entre as figuras isoladas da esquerda e as que estabelecem laços entre si da direita, existe a manifestação da natureza, com toda a sua potência transformadora. A artista traz assim a concepção de como as criações visuais são muito mais do que um espelho do mundo, proporcionado mergulhos nas profundezas do ser. Trazem assim olhares e falares de resistência e de sobrevivência, sendo resilientes como a natureza em sua capacidade de propor novos mundos em explosões de fertilidade regidas pela forma e pela cor que despertam incandescentes simbolismos.

Texto curatorial por: Oscar D’Ambrosio

Ficha técnica: 1 imagem

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Artista: Tiago Araújo

Obra: Nosso plural é singular

Local: Cruz das Almas/BA - Brasil

Campo: Fotografia

Sobre a obra: Extensão do Projeto Fotográfico Dislexia, “Nosso plural é singular” tem como eixo central o conceito de superação a partir de imagens que apresentam o corpo como um espaço de afetos. Imagens de abraço e encontros mostram como o autoconhecimento e a autovalorização são essenciais para conviver consigo mesmo de maneira mentalmente saudável. Nesse aspecto, fotografias de pessoas que atuam em várias áreas são essenciais para reforçar que toda pessoa, neurodivergente ou não, tem suas dores e cicatrizes. Mergulhar nessas marcas é um passo importante e significativo para atuar nas mais diversas profissões e áreas do conhecimento.

Texto curatorial por: Oscar D’Ambrosio

Ficha técnica: série fotográfica

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Artista: Tiago Campos

Obra: Sem título

Local: São Paulo/SP - Brasil

Campo: Artes Visuais

Sobre a obra: A imagem de uma figura feminina olhando para o celular constitui um retrato da sociedade contemporânea, em que os elos entre as pessoas se dão cada vez mais por meios virtuais. Não se trata de colocar juízos de valor, ou seja, estabelecer se isso é melhor ou pior do que era no passado, mas de ter a percepção de como a comunicação virtual gera uma ebulição de relações que, por exemplo, faz repensar a geografia física e emocional. Permite, por exemplo, uma heterogeneidade mais ampla de contatos. Ao mesmo tempo, fragmenta diálogos e pode truncar conversas, gerando uma sensação de que se está a viver em um imenso vazio nas relações internas e com os outros.

Texto curatorial por: Oscar D’Ambrosio

Ficha técnica: mista sobre tela 100 x 100 cm

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Artista: Vania Caus

Obra: O melhor lugar do mundo é dentro de um abraço

Local: Vitória /ES - Brasil

Campo: Mosaico

Sobre a obra: Visualizar um abraço evoca sentimentos de carinho, amor e afeto, pois estabelece uma ligação íntima e saudável entre as pessoas, sendo bom tanto para quem o dá quanto para quem o recebe. A imagem fortalece o conceito de que o ato de abraçar está além de quaisquer diferenças entre as pessoas, sejam étnicas ou culturais. Trata-se de uma ação aparentemente simples, mas carregada de sentimentos. Assim, acalma aflitos, fortalece amizades e estreita laços familiares, compartilhando emoções e criando vínculos emocionais.

Texto curatorial por: Oscar D’Ambrosio

Ficha técnica: mosaico de vidro, cristal, millefiori e outros recursos, sobre celulose 33,3 x 18cm

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Artista: Wós Rodrigues

Obra: Ela e a Cidade

Local: Brasília / DF - Brasil

Campo: Artes Visuais

Sobre a obra: Uma imagem é uma maneira de desvendar caminhos da alma. Sentimentos vêm à tona no processo de criação artística de modo que percepções de ausência de si mesmo e de vazio em relação aos elos com o mundo ganham materialidade quando se tornam um trabalho artístico. O diálogo plástico estabelecido entre o corpo da mulher e a cidade é caracterizado por uma atmosfera de distanciamento. Esses elos entre cada indivíduo e o mundo que a cerca são, como alude a figura, plenos de presenças e de ausências que definem formas de ser e de estar no mundo.

Texto curatorial por: Oscar D’Ambrosio

Ficha técnica: pintura sobre tela e técnica mista 54 x 65 cm

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