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BRAVO POLAR

Bravo é um multiartista brasileiro e vive hoje em Leipzig na Alemanha. Sua relação com a dislexia é de amor e ódio, por um lado todas as dificuldades que a atual sociedade impõe a quem tem dislexia, do outro, a imensa capacidade criativa e de encontrar soluções.

É através da arte que se comunica com o público, se expressa e se desenvolve enquanto pessoa.

@BRAVOPOLAR

2021
ENTREMUNDOS

Um dos principais princípios do projeto ENTREMUNDOS, de Erick Amarante, é proporcionar desenvolvimento pessoal por meio da arte. Isso inclui o conceito de inspirar tod@s a ver o mundo de maneiras múltiplas, para que cada um comunique a própria realidade. Nesse contexto, o artista entende a dislexia como uma forma diferente de ser em um mundo diverso por natureza. Assim, ela passa a ser encarada como um superpoder para enfrentar as adversidades do mundo; e as imagens criadas pelo artista levam o público a desenvolver inquietações e provocações sobre tudo aquilo que existe. Como a arte é o canal pelo qual Erick Amarante se relaciona com aquilo que o cerca, a dislexia deixa de ser vista como um obstáculo a ser vencido. A discussão é deslocada para superar a mentalidade, o sistema de ensino e as estruturas de diversas ordens que criam barreiras para o disléxico, dificultando a sua inclusão e participação na sociedade.

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Oscar D’Ambrosio

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FOTOGRAFIA

2022
MISTER Z

Personagem presente em diversas mídias, como ensaio fotográfico, vídeo e performances públicas, Mister Z é um ser misterioso que carrega uma ambiguidade de transições. Com corpo humano e cabeça de zebra, usa luvas,

gravata e se apoia em uma espécie de bastão/bengala, que lhe dá autoridade, conexão entre o mundo profano/telúrico e divino/celeste.

A sua pose, sentada e estática, traz toda uma memória arquetípica de autoridade e de controle. O seu hibridismo aponta para a capacidade humana de liderar e controlar, mas a sua postura indicia uma certa violência e, talvez, um descontrole interno.

Olhar para ele remete ao célebre Minotauro, com corpo humano e cabeça de touro. Fruto de uma relação proibida, alimentava-se de sangue de jovens no labirinto em que estava preso. Talvez nós sejamos, em parte de nossa

jornada, essa zebra humana/humana zebra, ameaçando aos outros e a nós mesmos. Livrar-se de Mister Z, metamorfoseando o id egoísta do cérebro em algo gentil, despido de vaidade, é o processo de uma vida.

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Oscar D’Ambrosio

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PERFORMANCE

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2024
WEB / BETWEEN LINES / ABOUT SOCIAL CAMOUFLAGE

A poética proposta por Bravo Polar se fundamenta nos sentidos simbólicos das redes/teias sob diversos pontos de vista, seja com a metáfora de uma aranha, de uma paisagem ou de um animal. A jornada visual proposta traz uma reflexão sobre um universo de solidões e aglomerações que busca menos a perfeição e muito mais a expressividade de um pensar sobre o mundo em que as pessoas parecem muitas vezes caminhar em direções diferentes, vendo-se como indivíduos e não como parte de uma coletividade que se conecta, instaurando metamorfoses internas em cada um.

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Oscar D’Ambrosio

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ARTES VISUAIS

2025
I HEARD AN ANGEL

O audiovisual proposto promove uma reflexão entre diversas instâncias artísticas, como a imagem, a música e a palavra. Existe um diálogo entre a figura feminina que evoca a possibilidade de pular para a Liberdade sugerida pelo espaço, assim como textos que trazem uma mensagem que parecem acreditar em um futuro melhor ou pelo menos cíclico nas idas e vindas da existência em uma busca permanente pelo sentido da vida e pela arte como uma maneira de encontrar respostas para tudo isso. Afinal, ouvir anjos talvez seja possível apenas para aqueles que acreditam nisso. Analogamente, a arte, para frutificar e se desenvolver, necessita criar público, ou seja, mergulhar em ações que abram olhares e ouvidos para aquilo que, em um primeiro momento, possa parecer estranho, esquisito ou diferente.

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Oscar D’Ambrosio

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ARTES VISUAIS

Ouça o texto - Bravo Polar
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POR
BRAVO

A minha relação com a dislexia é de amor e ódio.

Eu digo que tem momentos em que eu tenho dislexia e tem momentos em que ela me tem, e aí sou refém dela e passo por todas as dificuldades que uma pessoa com dislexia passa na sociedade.

E quando eu tenho a dislexia, aí são os superpoderes que ela me dá, uma forma diferente de ver o mundo, uma forma diferente de processar a informação, de achar padrão, de perceber o mundo de uma forma diferente, única.
Tem uma capacidade criativa imensa, uma capacidade de achar soluções, e não falo só da criatividade artística de conceitos, de estética, mas também de viabilizar meu trabalho.

A dislexia também influencia meu trabalho no sentido de ser multimídia.

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