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LUCIENE KUMM

Luciene é de Florianópolis/SC e trabalhou muitos anos em outras atividades até se dedicar exclusivamente à fotografia.

Na fotografia sua cabeça não se limita pela dislexia, ela mostra suas emoções. A imagem é a sua essência leve e livre.

Em 2012 iniciou o projeto “Vivenciando as três Américas — Sul, Central e Norte”, uma jornada de carro de aproximadamente 720 dias para percorrer cerca de 150 mil quilômetros, atravessando 19 países, mais de 1.400 cidades, para fotografar fauna, flora, pessoas e documentar diversas culturas.

@LUCIENEKUMMPHOTO

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2020
INVERTIDO

A série captura imagens refletidas em poças d’água. O invertido das fotos pode ser associado ao espelhamento das letras e das palavras, característica comum na visão das pessoas com dislexia.

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Luisa Venturelli

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FOTOGRAFIA

2021
BOLHAS

Novas visões são geradas pelas maneiras como a artista visual Luciene Kumm lida com aquilo que pode ser chamado pela grande maioria das pessoas como realidade. Existe um jogo de luzes e transparências que remetem à capacidade das bolhas de sabão nos fazerem ver o mundo de novas formas. Se as imagens dela instigam e desafiam, propondo perguntas e possibilidades de interpretação, a dislexia tem o mesmo efeito sobre a criadora. Seus trabalhos demandam novos focos e olhares por parte de quem faz e de quem vê. As imagens que surgem nesse processo se caracterizam pela liberdade expressiva e pelo estímulo a olhares multifacetados que não se dão na esfera das respostas, mas das interrogações. As respostas, quando vêm, em consequência, não são simples e estereotipadas, mas complexas e plenas de sentidos.

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Oscar D’Ambrosio

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FOTOGRAFIA

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2022
DANÇA DAS LUZES

O trabalho intitulado “Dança das Luzes” apresenta dois elementos essenciais. O primeiro é a ideia de movimento, pois as fotografias apresentam justamente uma concretização no espaço que sugere uma dinâmica permanente. Além disso, o

elemento luz é basilar não apenas por se tratar de uma fotografia, mas, principalmente, por estarmos perante um conjunto de imagens que estimulam uma reflexão sobre a grandiosidade e a plenitude do universo.

Desse modo, o observar atento de cada construção plástica apresentada constitui uma maneira de dialogar com as potencialidades do cosmos.

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Oscar D’Ambrosio

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FOTOGRAFIA

2023
SÉRIE REFLEXÃO

A fotografia, enquanto arte interpretativa do mundo, é muito mais do que realizar um clique. Trata-se de um processo de realizar uma série de escolhas. É delas que resulta a imagem apresentada. A artista opta por uma linguagem abstrata em que não são procuradas imagens que imitem o mundo ou mesmo que o representem de maneira alterada, como fazem a pintura impressionista ou expressionista. A sua procura está na liberdade de apresentar ao público uma nova realidade, distinta da tradicional e, portanto, muito mais aberta a interpretações.

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Oscar D’Ambrosio

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FOTOGRAFIA

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2024
NÓS

O amor maternal, definido como um sentimento da mãe pelos filhos, dá a tônica da fotografia. No campo psicológico, é muito estudado como a qualidade do vínculo entre mãe e bebê exerce influência direta na saúde mental da criança. A imagem proposta estimula o desenvolvimento de relações calorosas, íntimas, carinhosas e contínuas que tragam prazer e conforto para ambos ao longo da vida. A conversa visual entre as mãos da mãe e os pés do bebê reforça essa completude do diálogo carinhoso entre os corpos regido pelo afeto.

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Oscar D’Ambrosio

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FOTOGRAFIA

2025
ENGENHOCA

Dentro da temática proposta para a exposição, “Engenhoca”, a obra traz um conjunto de fios desorganizados em postes de luz indicando uma desordem com várias leituras, que começam nos riscos à segurança, passam pela poluição visual levam a pensar como esses emaranhados de fios, sejam cabos de energia elétrica, telefonia ou internet, podem ser lidos como metáforas da própria existência humana. Se os fios podem causar acidentes graves como choques elétricos, incêndios e quedas, além de prejudicar a estética da cidade, a ausência de simetrias nas veredas internas de cada um podem ter múltiplas consequências para a saúde mental e física própria e alheia.

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Oscar D’Ambrosio

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FOTOGRAFIA

Ouça o texto - Luciene
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POR
LUCIENE

Eu não planejo uma foto. Eu saio com vontade de fotografar e deixo as coisas fluirem. Outros artistas “fazem” a foto na cabeça e depois dão o clique. As minhas fotos acontecem com a minha cabeça vazia. É por isso que eu digo que, na hora que estou fotografando, sinto a dislexia bem longe de mim. Porque é a hora que não preciso me vigiar, me olhar, me verificar, conferir. É um momento que não preciso pensar pra fazer, simplesmente deixo acontecer. É nessa liberdade que a foto acontece. Me identifiquei com a foto justamente por isso.

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