NATHÁLIA GOULART
Nathália é atriz, professora e pesquisadora no Rio de Janeiro e conta que faz teatro desde os 7 anos de idade.
Nas aulas de teatro sempre foi aceita, sem ser julgada por questões de escrita e leitura, por isso leva a arte para a docência, trazendo a inclusão para o centro, de forma lúdica e criativa.
2022
PRECISO ME CONCENTRAR?
O vídeo “Preciso me concentrar?”, ao tratar da relação do indivíduo com a sociedade, foi realizado como experimento em uma oficina de teatro. Mostra e questiona a dificuldade de responder às demandas do mundo. Vivemos em um contexto em que as solicitações são múltiplas e simultâneas e se relacionar com elas exige uma atenção permanente perpassada pela necessidade de fazer escolhas permanentes no cotidiano.
A pressão externa se dá pelas proposições feitas por quem nos cerca, pela necessidade de ouvir e processar o que é dito e pela execução daquilo que é proposto. Essas instâncias se mesclam e podem gerar os mais variados sentimentos, como a agonia, o desespero, a apatia, a melancolia e mesmo a
depressão.
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Oscar D’Ambrosio
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ARTE CÊNICA
POR
NATHÁLIA
Sou atriz, professora e pesquisadora, faço curso de teatro desde os 7 anos e isso foi essencial para meu processo de leitura e escrita. Embora tivesse dificuldade de concentração e memorização, no teatro sempre fui aceita e não me sentia diferente das demais crianças. Na infância gostava de elaborar histórias e por meus primos e amigos em cena, fazendo também com as brincadeiras de boneca, então o lúdico e a criatividade faziam parte no meu cotidiano. Na escola me esforçava para ser aluna destaque, as vezes estudando mais do que deveria e isso fez com que minhas dificuldades fossem “ camufladas”, porém no teatro essas dificuldades eram potencializada. Ao concluir o ensino médio não tive dúvidas e quis fazer dessa arte uma profissão, fiz q faculdade em artes cênicas, cursos de pós-graduação em docência do ensino superior e mestrado em ensino das artes cênicas. Atualmente dou aula na rede estadual de educação do RJ e na licenciatura em teatro da faculdade Estácio. Tenho paixão pela docência e interesse pelo tema da inclusão, pois em nenhuma das instâncias educacionais fui acolhida ou orientada a fazer avaliações diferenciadas que ajudassem no processo de aprendizagem.